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CALUNGA MAIOR

Data

2025

Local

Museu de Arte do Rio

A instalação Calunga Maior propõe um espaço de escuta, travessia e integração com a forma a partir das cosmopercepções ali ativadas e das gestualidades gráficas Bantus. Inspirada no pensamento circular dos povos bantu da África Central e Austral e todo seus pensamentos reverberados até aqui. A obra propõe uma travessia entre tempo, corpo e território, a instalação se articula como um espaço de escuta e memória. A estrutura metálica remete a espaços de convivência comunitários de planta circular, onde o fogo ocupa o centro — tanto literal quanto simbólico — irradiando calor, alimento e palavra. Aqui, essa centralidade é ressignificada como um lugar de presença e reconexão compondo uma experiência sensorial imersiva.
No interior da estrutura, quatro telas exibem o filme Calunga Maior, de Thiago Costa, cujos capítulos seguem os quatro estágios da existência conforme o Cosmograma Bakongo: Kala, que representa o nascimento e a origem; Tukula, a maturidade e o crescimento; Luvemba, a sabedoria e a transição; e Musoni, o renascimento e a renovação.
A personagem Ana percorre essas fases em uma narrativa que entrelaça mito, memória e cotidiano, reverberando o entendimento de tempo como espiral, e não como linha reta. O espectador é convidado a circular por esses momentos, escutando cada um com fones individuais, numa jornada íntima e coletiva.
A própria estrutura da instalação nasce de gestos e utilidades do cotidiano. Ao converter esse dispositivo funcional em suporte expositivo e ritualístico, o artista expande os horizontes do que pode ser arquitetura, arte e transmissão de conhecimento. Trata-se de afirmar outras formas de construir e habitar o mundo — formas que nascem da prática, do corpo, da escuta e da relação com o tempo natural das coisas.

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